O convívio com animais de estimação só traz benefícios para a saúde física e psicológica dos seres humanos. Mas a relação entre homem e animal deve ser interativa, para ser benfazeja – isto é, não basta ser tutor – é necessário passear, brincar, conviver.
E, por que isso acontece? “Os bichos de estimação nos colocam em contato com a natureza animal, uma dimensão elementar que a sociedade e nosso estilo de vida se empenham em suprimir”, afirma Marty Becker, médico veterinário, autor de O poder curativo dos bichos. “Por meio de um relacionamento íntimo com nossos animais, despertamos em nós características poderosas como lealdade, amor, instinto e jovialidade”.
Os animais oferecem companhia e amor, sem as exigências dos seres humanos, além de aceitarem seus tutores sem nenhum julgamento. Esses saudáveis e estreitos relacionamentos criam vínculos fortes e duradouros. Os benefícios, em termos de saúde física e/ou mental entre humanos e bichos têm sido relatados no caso de uma grande variedade de transtornos:
- Aqueles que possuem animais de estimação possuem 8 vezes mais probabilidades de sobreviver 1 ano após um infarto. Um estudo realizado por Érika Friedman e Sue Thomas, 1995, identificou que, proprietários de cães tinham sobrevida maior depois de um ataque do coração do que não proprietários.
- Os bichos diminuem nosso estresse, baixando a frequncia cardíaca (um estudo na Austrália demonstrou os baixos níveis de fatores de risco para doenças cardiovasculares ), a pressão arterial e o colesterol. O professor Warwik Anderson (1992) descobriu que os tutores de cães e gatos tinham taxas mais baixas de triglicérides e colesterol do que os não proprietários.
- Quem possui animais faz menos visitas ao médico e permanece menos tempo no hospital (pesquisas médicas na Austrália).
- Os bichos combatem a depressão e o isolamento, favorecendo a aproximação entre as pessoas.
- Estudos recentes apontam que crianças entre 5 e 12 anos que têm animais, possuem mais sensibilidade e compreendem melhor os sentimentos de outras pessoas, têm mais empatia.
- Especialistas afirmam que a observação de um aquário com peixes é tão eficaz quanto qualquer outra técnica tradicional de meditação, porque também diminui a pressão sanguínea (Lynch 2000 e Associação Internacional das Organizações de Interação Homem-Animal).
- E mais ainda: o contato terapêutico que se estabelece quando se acaricia um animal e este devolve com uma lambida ou um afago de focinho, cria uma sensação de intimidade tranquilizadora.
- Os animais também estimulam exercícios físicos.
- E, o mais relevante: a importância de ter que cuidar de outra criatura, o bicho, demonstra o quanto o ser humano é necessário.
Mas até que ponto amizade e companheirismo entre humanos e bichos é saudável para os animais? Para os bichos, há o risco de serem tratados como objetos ou o extremo oposto, que é a humanização.
Um animal não é um objeto que o ser humano manipula como quer, um brinquedo. Ele tem emoções, sentimentos e requer cuidados diários de higiene, alimentação e saúde.
Escolher conviver com um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida. E o caminho para ambos, animal e humano, usufruírem dessa relação com intensidade é o amor. Primeiramente, o proprietário aceitando o amor incondicional que o bicho lhe oferece. E, da mesma forma que ele dedica ao tutor seu amor sem limites, o proprietário deve estar preparado para oferecer amor incondicional a ele também. O contato amoroso, leal e sincero permite que os benefícios fluam entre os dois.
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