quarta-feira, 18 de maio de 2011

Donos implantam microchip em animais adultos para facilitar identificação

A obrigatoriedade do implante de microchips em filhotes vendidos em pet shops de São Paulo e em cidades do interior tem despertado o interesse dos donos de animais já adultos, que estão colocando o equipamento em seus mascotes, apesar de não terem a obrigação de “chipar” os animais.

A nova moda entre os donos de pets é feita como forma de precaução, pois, caso o animal fuja ou se perca, o chip pode ajudar a recuperar informações sobre ele, como o nome do dono e telefone, ficando mais fácil localizar o dono. O aparelho mede entre 1 cm e 3 cm e guarda principais informações do pet.Para implantar o aparelho, dono paga entre R$ 50 e R$ 100.


O preço do implantes não é lá muito convidativo, varia entre R$ 50 e R$ 100, mas, para Fini, é um investimento que vale a pena. "Dá mais esperança de encontrá-lo, caso ele fuja", justifica.
O uso do chip é comum nos Estados Unidos e já garantiu a felicidade de muitos donos que reencontraram os seus mascotes perdidos. É o caso do maltês Max, que fugiu de casa nos EUA em outubro e foi identificado dias depois a mais de 1.900 km de distância. A identificação veio graças ao microchip que o cachorro tinha implantado no corpo.

Segundo a veterinária Valéria Pires, gestora clinica do grupo Pet Center Marginal, o número de animais adultos com chip poderia ser bem maior em São Paulo, no entanto, muitos donos não sabem sequer da existência do equipamento. “Quando o cliente vem para dar a vacina no animal, por exemplo, nós comentamos sobre o microchip, e ele acaba pedindo para implantar como prevenção”, conta a veterinária.

Como funciona:

Segundo o veterinário Gustavo Mantovani , da empresa D4Microchip, o pequeno chip eletrônico vem encapsulado em um cilindro de vidro biocompatível, ou seja, feito para não provocar estranhamento ao organismo. “É o mesmo vidro usado em marca-passos”, compara.

Esse aparelhinho minúsculo – entre 1 cm e 3 cm – ganha um número único e inalterável ainda durante a fabricação. “O chip é um dispositivo passivo e só é ‘ativado’ quando uma leitora é aproximada do animal para verificação do número. A comunicação é feita através de radiofreqüência”, explica Mantovani.

Quando um animal “chipado” desaparece, orienta Mantovani, o proprietário deve entrar em contato com o veterinário responsável pela implantação do aparelho e também acionar a empresa fornecedora do microchip. A vantagem é que não há o risco de o microchip se perder pelo corpo do animal, garantem os veterinários, nem parar de funcionar. Também não são necessárias manutenções nem qualquer tipo de recarga.

Desvantagens: Uma vez que o veterinário coloca o microchip no animal, ele deve cadastrar o proprietário em um banco de dados, onde devem constar várias informações sobre o dono e o mascote, como nome, endereço e telefones para contato. O problema é que esse banco de dados não é unificado em todo o Brasil e cada empresa que vende o aparelho tem o seu cadastro próprio.

“No Brasil, por exemplo, temos duas grandes redes de banco de dados. O dono precisa, então, se cadastrar nas duas para facilitar a localização do animal”, orienta a veterinária Valéria Pires. Uma vez cadastrado, o animal “chipado” pode ser identificado em qualquer lugar do mundo onde existir uma leitora. “Pelo menos a leitura segue um padrão internacional”, complementa Valéria.

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