terça-feira, 31 de maio de 2011



A liberação da criação de animais silvestres como pets foi uma tentativa de combater o tráfico de fauna

Está no site da revista Veja São Paulo: “Animais exóticos são os novos bichos de estimação”. Longe do conceito usado em biologia para a palavra “exótico” (espécie que não ocorre naturalmente em determinada região), o termo usado pela revista quer dizer “diferente”. Afinal, sagüis e araras fazem parte da fauna brasileira.

Mas o que me incentivou a escrever sobre essa matéria não foi a necessidade de esclarecer o uso da palavra “exótico”.  Afinal, o público heterogêneo da revista não tem a obrigação de saber o que tal palavra significa para os biólogos, por exemplo. Quero é questionar esse interesse das pessoas em criar animais silvestres como pets, como bichos de estimação.

Madonna: sagui que vive em apartamento em São Paulo (SP)
Foto: Fernando Moraes (Veja)

A liberação da criação e do comércio das espécies silvestres nativas do Brasil como animais domésticos obedece à Resolução 394/07, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). De acordo com o documento, a decisão foi tomada em cumprimento à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92), para “prever, prevenir e combater na origem as causas da sensível redução ou perda da diversidade biológica”.

A intenção do Ministério do Meio Ambiente, segundo a então ministra Marina Silva, era reduzir a pressão pela captura de animais silvestres em seus hábitats. O raciocínio era simples: se os interessados em manter esses animais pudessem escolher entre exemplares legalizados e sem doenças não comprariam espécimes das mãos dos traficantes.

Mas não é isso que os registros de apreensões indicam. A quantidade de animais traficados permanece extremamente alta, com apreensões acontecendo diariamente em todo o país. Afinal não é todo mundo que prefere pagar entre R$ 6 mil e R$ 9 mil por uma arara-vermelha quando é possível obter o mesmo animal por menos da metade do preço no mercado negro.

Ainda é pequena a parcela de pessoas que, para saciar a vaidade de manter um animal silvestre em casa, prefere pagar valores tão altos. E olha que não estou entrando no debate ético sobre o prazer sádico de enjaular ou encarcerar em apartamentos e ou quintais bichos que deveriam viver livres somente  em seus ecossistemas de origem; cumprindo seus papeis ecológicos.

Para dimensiona o tráfico de animais no Brasil, estima-se que entre 12 milhões e 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza anualmente para abastecer o marcado de venda de espécimes, de subprodutos da fauna (peles, penas, garras, etc) e de substâncias para a pesquisa e o desenvolvimento de remédios (como os "venenos" de répteis e anfíbios).

Outro problema relacionado a manutenção de animais silvestres em meio urbano é a falta de capacidade das pessoas em criá-los. A matéria da Veja aborda essa questão e algumas de suas conseqüências:

“Abrigar um macaco em casa é bem mais complexo do que manter um cão ou um gato. O animal é muito delicado e suscetível a doenças como gripe e herpes. “Além disso, o macho pode se tornar agressivo no período reprodutivo”, alerta Cristina Marques, bióloga do setor de mamíferos do Zoológico de São Paulo. Ou seja, é preciso refletir muito sobre a compra para que o pequeno sagui não se transforme, com o perdão do trocadilho, em um grande mico. Nos anos 90, várias pessoas investiram na aquisição de ferrets, também conhecidos como furões. A moda passou rápido e boa parte deles acabou descartada por seus donos. O Parque Ecológico do Tietê é um termômetro do problema: recebe por mês cerca de 1.000 bichos de todos os tipos abandonados na capital. Depois de tratados por veterinários, eles são remanejados para criadouros especializados. “

Infelizmente, a vaidade humana (já que historicamente a criação de animais silvestres é, para muitos, símbolo de status) e uma herança cultura indígena (que mantém os xerimbabos, animais das florestas criados nas aldeias) ainda exercem forte influência no homem do século 21.

Quer desfrutar da companhia de um animal, adote cães ou gatos. Existem tantos abandonados precisando da sua ajuda.

- Conheça a Resolução 394 de 2007.
- Leia a matéria da Veja “Animais exóticos são os novos bichos de estimação”.

sábado, 21 de maio de 2011

Grupo anipetro

Dica de Livro Infantil: GUIDO, o peixinho brincalhão.

A preservação do meio ambiente é um assunto de muita importância atualmente. A educação ambiental deve começar na infância, para que as crianças cresçam conscientes da necessidade de se respeitar a natureza. Guigo, O Peixinho Brincalhão, livro da série Salve o Mundo de Deus, além de conscientizar, diverte as crianças. Guigo mora em uma lagoa que não é preservada pelos seres humanos que a freqüentam, e acaba preso em uma garrafa que fora lançada lá dentro. As peripécias dos amigos de Guigo para libertá-lo, acabam chamando a atenção para o problema da falta de cuidado dos homens com a lagoa. Em Guigo, O Peixinho brincalhão, mais uma vez os animais ensinam os seres humanos a cuidar da criação de Deus. Importante também para crianças que possuem aquários em casa.

Fonte de pesquisa: http://anapaulalivraria.com.br/livros/livros-infantis/guigo-o-peixinho-brincalh-o.html

O papel dos animais nas fábulas.

FÁBULA: Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses textos espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta; em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado. A importância dada à moralidade era tanta que os copistas da Idade Média escreviam as lições finais das fábulas com letras vermelhas ou douradas para destacar.
     A presença dos animais deve-se, sobretudo, ao convívio mais efetivo entre homens e animais naquela época. O uso constante da natureza e dos animais para a alegorização da existência humana aproximam o público das "moralidades". Assim apresentam similaridade com a proposta das parábolas bíblicas.
Algumas associações entre animais e características humanas, feitas pelas fábulas, mantiveram-se fixas em várias histórias e permanecem até os dias de hoje. 
  • leão - poder real
  • lobo - dominação do mais forte
  • raposa - astúcia e esperteza
  • cordeiro - ingenuidade
     A proposta principal da fábula é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico. As histórias, ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos humanos através de animais. Acreditavam que a moral, para ser assimilada, precisava da alegria e distração contida na história dos animais que possuem características humanas. Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente.
A fabulação ou afabulação é a lição moral apresentada através da narrativa. O epitímio constitui o texto que explicita a moral da fábula, sendo o cerne da transmissão dos valores ideológicos sociais.

     Ao francês Jean La Fontaine (1621/1692) coube o mérito de dar a forma definitiva a uma das espécies literárias mais resistentes ao desgaste dos tempos: a fábula, introduzindo-a definitivamente na literatura ocidental. Embora tenha escrito originalmente para adultos, La Fontaine tem sido leitura obrigatória para crianças de todo mundo.    
     O brasileiro Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para crianças às fábulas, muitas delas adaptadas de Fontaine. Dessa coletânea, destacam-se os seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".

Fonte de pesquisa:  http://www.graudez.com.br/litinf/textos.htm

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Projeto Amigo Bicho

Aumento da lista das espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção.





O MMA - Ministério do Meio Ambiente e o Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis divulgaram em 22 de maio de 2003, Dia Internacional da Diversidade Biológica, a nova Lista  de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. A nova "lista  vermelha", com 395   animais, foi elaborada em parceria com Fundação  Biodiversitas, Sociedade Brasileira de Zoologia, organizações  não-governamentais Conservation Internacional e Terra Brasilis e  instituições de ensino superior.
A relação anterior é de dezembro de 1989, com  219 espécies. Ao contrário das edições anteriores, desta vez a lista terá uma característica de fomento à preservação dos habitats e das espécies que neles vivem. Seus objetivos serão: orientar programas de recuperação dos animais ameaçados; trazer propostas para a implementação de unidades de conservação; mitigar impactos ambientais; estimular programas de pesquisa; e ainda servir como referência na aplicação da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998; Decreto 3.179/1999).

De acordo com a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, a lista da  fauna ameaçada é um instrumento de conservação da biodiversidade para o governo brasileiro, onde são apontadas as espécies que, de alguma forma, têm  sua existência em risco. Para elaboração da lista, o setor acadêmico usou como base os critérios da União Internacional para a Conservação da natureza (IUCN, em inglês).

A classificação é a seguinte: Extinto,  Extinto na natureza, Em Perigo Crítico, Vulnerável, Dependente de Conservação e Baixo Risco.

A lista não trará peixes e nem invertebrados aquáticos (caranguejos, camarões e lagostas, por exemplo). Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério, João Paulo Capobianco, a lista dessas espécies será publicada em separado, em até três meses. "Isso ocorrerá depois que o grupo de trabalho criado pelo MMA reavaliar a lista e definir os critérios para a situação de cada espécie. Entre eles pode estar o zoneamento da pesca, a captura de acordo com o grau de ameaça nas regiões ou bacias hidrográficas do país", explicou.


Das 160 aves da relação, 118 (73,7%) ocorrem nesse bioma, sendo 49 endêmicas. Entre os anfíbios, as 16 espécies indicadas como ameaçadas são consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Das 69 espécies de mamíferos ameaçados, 38 ocorrem nesse bioma (55%), sendo 25 endêmicas. Entre as 20 espécies de répteis, 13 ocorrem na Mata Atlântica (65%), sendo 10 endêmicas, a maioria com ocorrência restrita aos ambientes de restinga.

Donos implantam microchip em animais adultos para facilitar identificação

A obrigatoriedade do implante de microchips em filhotes vendidos em pet shops de São Paulo e em cidades do interior tem despertado o interesse dos donos de animais já adultos, que estão colocando o equipamento em seus mascotes, apesar de não terem a obrigação de “chipar” os animais.

A nova moda entre os donos de pets é feita como forma de precaução, pois, caso o animal fuja ou se perca, o chip pode ajudar a recuperar informações sobre ele, como o nome do dono e telefone, ficando mais fácil localizar o dono. O aparelho mede entre 1 cm e 3 cm e guarda principais informações do pet.Para implantar o aparelho, dono paga entre R$ 50 e R$ 100.


O preço do implantes não é lá muito convidativo, varia entre R$ 50 e R$ 100, mas, para Fini, é um investimento que vale a pena. "Dá mais esperança de encontrá-lo, caso ele fuja", justifica.
O uso do chip é comum nos Estados Unidos e já garantiu a felicidade de muitos donos que reencontraram os seus mascotes perdidos. É o caso do maltês Max, que fugiu de casa nos EUA em outubro e foi identificado dias depois a mais de 1.900 km de distância. A identificação veio graças ao microchip que o cachorro tinha implantado no corpo.

Segundo a veterinária Valéria Pires, gestora clinica do grupo Pet Center Marginal, o número de animais adultos com chip poderia ser bem maior em São Paulo, no entanto, muitos donos não sabem sequer da existência do equipamento. “Quando o cliente vem para dar a vacina no animal, por exemplo, nós comentamos sobre o microchip, e ele acaba pedindo para implantar como prevenção”, conta a veterinária.

Como funciona:

Segundo o veterinário Gustavo Mantovani , da empresa D4Microchip, o pequeno chip eletrônico vem encapsulado em um cilindro de vidro biocompatível, ou seja, feito para não provocar estranhamento ao organismo. “É o mesmo vidro usado em marca-passos”, compara.

Esse aparelhinho minúsculo – entre 1 cm e 3 cm – ganha um número único e inalterável ainda durante a fabricação. “O chip é um dispositivo passivo e só é ‘ativado’ quando uma leitora é aproximada do animal para verificação do número. A comunicação é feita através de radiofreqüência”, explica Mantovani.

Quando um animal “chipado” desaparece, orienta Mantovani, o proprietário deve entrar em contato com o veterinário responsável pela implantação do aparelho e também acionar a empresa fornecedora do microchip. A vantagem é que não há o risco de o microchip se perder pelo corpo do animal, garantem os veterinários, nem parar de funcionar. Também não são necessárias manutenções nem qualquer tipo de recarga.

Desvantagens: Uma vez que o veterinário coloca o microchip no animal, ele deve cadastrar o proprietário em um banco de dados, onde devem constar várias informações sobre o dono e o mascote, como nome, endereço e telefones para contato. O problema é que esse banco de dados não é unificado em todo o Brasil e cada empresa que vende o aparelho tem o seu cadastro próprio.

“No Brasil, por exemplo, temos duas grandes redes de banco de dados. O dono precisa, então, se cadastrar nas duas para facilitar a localização do animal”, orienta a veterinária Valéria Pires. Uma vez cadastrado, o animal “chipado” pode ser identificado em qualquer lugar do mundo onde existir uma leitora. “Pelo menos a leitura segue um padrão internacional”, complementa Valéria.