terça-feira, 31 de maio de 2011



A liberação da criação de animais silvestres como pets foi uma tentativa de combater o tráfico de fauna

Está no site da revista Veja São Paulo: “Animais exóticos são os novos bichos de estimação”. Longe do conceito usado em biologia para a palavra “exótico” (espécie que não ocorre naturalmente em determinada região), o termo usado pela revista quer dizer “diferente”. Afinal, sagüis e araras fazem parte da fauna brasileira.

Mas o que me incentivou a escrever sobre essa matéria não foi a necessidade de esclarecer o uso da palavra “exótico”.  Afinal, o público heterogêneo da revista não tem a obrigação de saber o que tal palavra significa para os biólogos, por exemplo. Quero é questionar esse interesse das pessoas em criar animais silvestres como pets, como bichos de estimação.

Madonna: sagui que vive em apartamento em São Paulo (SP)
Foto: Fernando Moraes (Veja)

A liberação da criação e do comércio das espécies silvestres nativas do Brasil como animais domésticos obedece à Resolução 394/07, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). De acordo com o documento, a decisão foi tomada em cumprimento à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92), para “prever, prevenir e combater na origem as causas da sensível redução ou perda da diversidade biológica”.

A intenção do Ministério do Meio Ambiente, segundo a então ministra Marina Silva, era reduzir a pressão pela captura de animais silvestres em seus hábitats. O raciocínio era simples: se os interessados em manter esses animais pudessem escolher entre exemplares legalizados e sem doenças não comprariam espécimes das mãos dos traficantes.

Mas não é isso que os registros de apreensões indicam. A quantidade de animais traficados permanece extremamente alta, com apreensões acontecendo diariamente em todo o país. Afinal não é todo mundo que prefere pagar entre R$ 6 mil e R$ 9 mil por uma arara-vermelha quando é possível obter o mesmo animal por menos da metade do preço no mercado negro.

Ainda é pequena a parcela de pessoas que, para saciar a vaidade de manter um animal silvestre em casa, prefere pagar valores tão altos. E olha que não estou entrando no debate ético sobre o prazer sádico de enjaular ou encarcerar em apartamentos e ou quintais bichos que deveriam viver livres somente  em seus ecossistemas de origem; cumprindo seus papeis ecológicos.

Para dimensiona o tráfico de animais no Brasil, estima-se que entre 12 milhões e 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza anualmente para abastecer o marcado de venda de espécimes, de subprodutos da fauna (peles, penas, garras, etc) e de substâncias para a pesquisa e o desenvolvimento de remédios (como os "venenos" de répteis e anfíbios).

Outro problema relacionado a manutenção de animais silvestres em meio urbano é a falta de capacidade das pessoas em criá-los. A matéria da Veja aborda essa questão e algumas de suas conseqüências:

“Abrigar um macaco em casa é bem mais complexo do que manter um cão ou um gato. O animal é muito delicado e suscetível a doenças como gripe e herpes. “Além disso, o macho pode se tornar agressivo no período reprodutivo”, alerta Cristina Marques, bióloga do setor de mamíferos do Zoológico de São Paulo. Ou seja, é preciso refletir muito sobre a compra para que o pequeno sagui não se transforme, com o perdão do trocadilho, em um grande mico. Nos anos 90, várias pessoas investiram na aquisição de ferrets, também conhecidos como furões. A moda passou rápido e boa parte deles acabou descartada por seus donos. O Parque Ecológico do Tietê é um termômetro do problema: recebe por mês cerca de 1.000 bichos de todos os tipos abandonados na capital. Depois de tratados por veterinários, eles são remanejados para criadouros especializados. “

Infelizmente, a vaidade humana (já que historicamente a criação de animais silvestres é, para muitos, símbolo de status) e uma herança cultura indígena (que mantém os xerimbabos, animais das florestas criados nas aldeias) ainda exercem forte influência no homem do século 21.

Quer desfrutar da companhia de um animal, adote cães ou gatos. Existem tantos abandonados precisando da sua ajuda.

- Conheça a Resolução 394 de 2007.
- Leia a matéria da Veja “Animais exóticos são os novos bichos de estimação”.

sábado, 21 de maio de 2011

Grupo anipetro

Dica de Livro Infantil: GUIDO, o peixinho brincalhão.

A preservação do meio ambiente é um assunto de muita importância atualmente. A educação ambiental deve começar na infância, para que as crianças cresçam conscientes da necessidade de se respeitar a natureza. Guigo, O Peixinho Brincalhão, livro da série Salve o Mundo de Deus, além de conscientizar, diverte as crianças. Guigo mora em uma lagoa que não é preservada pelos seres humanos que a freqüentam, e acaba preso em uma garrafa que fora lançada lá dentro. As peripécias dos amigos de Guigo para libertá-lo, acabam chamando a atenção para o problema da falta de cuidado dos homens com a lagoa. Em Guigo, O Peixinho brincalhão, mais uma vez os animais ensinam os seres humanos a cuidar da criação de Deus. Importante também para crianças que possuem aquários em casa.

Fonte de pesquisa: http://anapaulalivraria.com.br/livros/livros-infantis/guigo-o-peixinho-brincalh-o.html

O papel dos animais nas fábulas.

FÁBULA: Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses textos espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta; em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado. A importância dada à moralidade era tanta que os copistas da Idade Média escreviam as lições finais das fábulas com letras vermelhas ou douradas para destacar.
     A presença dos animais deve-se, sobretudo, ao convívio mais efetivo entre homens e animais naquela época. O uso constante da natureza e dos animais para a alegorização da existência humana aproximam o público das "moralidades". Assim apresentam similaridade com a proposta das parábolas bíblicas.
Algumas associações entre animais e características humanas, feitas pelas fábulas, mantiveram-se fixas em várias histórias e permanecem até os dias de hoje. 
  • leão - poder real
  • lobo - dominação do mais forte
  • raposa - astúcia e esperteza
  • cordeiro - ingenuidade
     A proposta principal da fábula é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico. As histórias, ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos humanos através de animais. Acreditavam que a moral, para ser assimilada, precisava da alegria e distração contida na história dos animais que possuem características humanas. Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente.
A fabulação ou afabulação é a lição moral apresentada através da narrativa. O epitímio constitui o texto que explicita a moral da fábula, sendo o cerne da transmissão dos valores ideológicos sociais.

     Ao francês Jean La Fontaine (1621/1692) coube o mérito de dar a forma definitiva a uma das espécies literárias mais resistentes ao desgaste dos tempos: a fábula, introduzindo-a definitivamente na literatura ocidental. Embora tenha escrito originalmente para adultos, La Fontaine tem sido leitura obrigatória para crianças de todo mundo.    
     O brasileiro Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para crianças às fábulas, muitas delas adaptadas de Fontaine. Dessa coletânea, destacam-se os seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".

Fonte de pesquisa:  http://www.graudez.com.br/litinf/textos.htm

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Projeto Amigo Bicho

Aumento da lista das espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção.





O MMA - Ministério do Meio Ambiente e o Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis divulgaram em 22 de maio de 2003, Dia Internacional da Diversidade Biológica, a nova Lista  de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. A nova "lista  vermelha", com 395   animais, foi elaborada em parceria com Fundação  Biodiversitas, Sociedade Brasileira de Zoologia, organizações  não-governamentais Conservation Internacional e Terra Brasilis e  instituições de ensino superior.
A relação anterior é de dezembro de 1989, com  219 espécies. Ao contrário das edições anteriores, desta vez a lista terá uma característica de fomento à preservação dos habitats e das espécies que neles vivem. Seus objetivos serão: orientar programas de recuperação dos animais ameaçados; trazer propostas para a implementação de unidades de conservação; mitigar impactos ambientais; estimular programas de pesquisa; e ainda servir como referência na aplicação da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998; Decreto 3.179/1999).

De acordo com a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, a lista da  fauna ameaçada é um instrumento de conservação da biodiversidade para o governo brasileiro, onde são apontadas as espécies que, de alguma forma, têm  sua existência em risco. Para elaboração da lista, o setor acadêmico usou como base os critérios da União Internacional para a Conservação da natureza (IUCN, em inglês).

A classificação é a seguinte: Extinto,  Extinto na natureza, Em Perigo Crítico, Vulnerável, Dependente de Conservação e Baixo Risco.

A lista não trará peixes e nem invertebrados aquáticos (caranguejos, camarões e lagostas, por exemplo). Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério, João Paulo Capobianco, a lista dessas espécies será publicada em separado, em até três meses. "Isso ocorrerá depois que o grupo de trabalho criado pelo MMA reavaliar a lista e definir os critérios para a situação de cada espécie. Entre eles pode estar o zoneamento da pesca, a captura de acordo com o grau de ameaça nas regiões ou bacias hidrográficas do país", explicou.


Das 160 aves da relação, 118 (73,7%) ocorrem nesse bioma, sendo 49 endêmicas. Entre os anfíbios, as 16 espécies indicadas como ameaçadas são consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Das 69 espécies de mamíferos ameaçados, 38 ocorrem nesse bioma (55%), sendo 25 endêmicas. Entre as 20 espécies de répteis, 13 ocorrem na Mata Atlântica (65%), sendo 10 endêmicas, a maioria com ocorrência restrita aos ambientes de restinga.

Donos implantam microchip em animais adultos para facilitar identificação

A obrigatoriedade do implante de microchips em filhotes vendidos em pet shops de São Paulo e em cidades do interior tem despertado o interesse dos donos de animais já adultos, que estão colocando o equipamento em seus mascotes, apesar de não terem a obrigação de “chipar” os animais.

A nova moda entre os donos de pets é feita como forma de precaução, pois, caso o animal fuja ou se perca, o chip pode ajudar a recuperar informações sobre ele, como o nome do dono e telefone, ficando mais fácil localizar o dono. O aparelho mede entre 1 cm e 3 cm e guarda principais informações do pet.Para implantar o aparelho, dono paga entre R$ 50 e R$ 100.


O preço do implantes não é lá muito convidativo, varia entre R$ 50 e R$ 100, mas, para Fini, é um investimento que vale a pena. "Dá mais esperança de encontrá-lo, caso ele fuja", justifica.
O uso do chip é comum nos Estados Unidos e já garantiu a felicidade de muitos donos que reencontraram os seus mascotes perdidos. É o caso do maltês Max, que fugiu de casa nos EUA em outubro e foi identificado dias depois a mais de 1.900 km de distância. A identificação veio graças ao microchip que o cachorro tinha implantado no corpo.

Segundo a veterinária Valéria Pires, gestora clinica do grupo Pet Center Marginal, o número de animais adultos com chip poderia ser bem maior em São Paulo, no entanto, muitos donos não sabem sequer da existência do equipamento. “Quando o cliente vem para dar a vacina no animal, por exemplo, nós comentamos sobre o microchip, e ele acaba pedindo para implantar como prevenção”, conta a veterinária.

Como funciona:

Segundo o veterinário Gustavo Mantovani , da empresa D4Microchip, o pequeno chip eletrônico vem encapsulado em um cilindro de vidro biocompatível, ou seja, feito para não provocar estranhamento ao organismo. “É o mesmo vidro usado em marca-passos”, compara.

Esse aparelhinho minúsculo – entre 1 cm e 3 cm – ganha um número único e inalterável ainda durante a fabricação. “O chip é um dispositivo passivo e só é ‘ativado’ quando uma leitora é aproximada do animal para verificação do número. A comunicação é feita através de radiofreqüência”, explica Mantovani.

Quando um animal “chipado” desaparece, orienta Mantovani, o proprietário deve entrar em contato com o veterinário responsável pela implantação do aparelho e também acionar a empresa fornecedora do microchip. A vantagem é que não há o risco de o microchip se perder pelo corpo do animal, garantem os veterinários, nem parar de funcionar. Também não são necessárias manutenções nem qualquer tipo de recarga.

Desvantagens: Uma vez que o veterinário coloca o microchip no animal, ele deve cadastrar o proprietário em um banco de dados, onde devem constar várias informações sobre o dono e o mascote, como nome, endereço e telefones para contato. O problema é que esse banco de dados não é unificado em todo o Brasil e cada empresa que vende o aparelho tem o seu cadastro próprio.

“No Brasil, por exemplo, temos duas grandes redes de banco de dados. O dono precisa, então, se cadastrar nas duas para facilitar a localização do animal”, orienta a veterinária Valéria Pires. Uma vez cadastrado, o animal “chipado” pode ser identificado em qualquer lugar do mundo onde existir uma leitora. “Pelo menos a leitura segue um padrão internacional”, complementa Valéria.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dica de Filme - em cartaz nos cinemas...

ÁGUA PARA ELEFANTES

Sinopse. Jacob Jankowski (Hal Holbrook) já passou dos 90 anos e não consegue esquecer seus momentos da juventude nos anos 30, período difícil da economia americana, que o levou a trabalhar num circo. Foi lá, enquanto era jovem (Robert Pattinson) e um ex estudante de Veterinária, que ele conheceu a brutalidade dos homens com seus pares e também com os animais, mas encontrou a mulher por quem se apaixonou. Marlena (Reese Whiterspoon) era a Encantora dos Cavalos, a principal atração e esposa do dono do circo: August (Christoph Waltz) um homem carismático, mas extremamente perigoso quando suas duas paixões estavam em jogo.. saiba mais acessando: http://www.foxfilmes.com.br/

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O que são Zoonoses?

     As zoonoses são entendidas como doenças que podem ser transmitidas ao homem pelos animais. Entre estas podemos salientar algumas como a Raiva, para a qual é obrigatória a vacinação animal, Lepstospirose, a Leishmaniose e as transmissões de parasitas. A maior parte das Zoonoses pode ser evitada através de acções de prevenção, como a vacinação e a desparasitação. Devem evitar-se alarmismos. O fato de existirem este tipo de doenças não significa que estejam no seu cachorro à espera de atacar. Este artigo visa somente esclarecer a razão de algumas das prevenções efetuadas no veterinário e exemplificar porque razão prevenir não é só bom para o seu cão mas também para si.

     Evitar os contatos com parasitas é de importância primordial, para mais se existem crianças em casa. As Ténias e Lombrigas são os parasitas mais conhecidos para os quais basta efetuar uma desparasitação regular de forma a evitar o contágio.As crianças são um alvo fácil da infecção, não só pelo contato despreocupado com os cães e gatos doentes e/ou portadores, como também entre elas próprias. Assim, existe uma forma de contágio direto a partir de quistos parasitários de humanos ou de animais transmitidos das mãos à boca. Existe igualmente uma forma indireta de contágio a partir de águas, particularmente as que não são submetidas a tratamento, e em menor grau por meio da ingestão de vegetais e carnes crus, que devem obrigatoriamente de ser lavados com cuidado ou bem cozinhados consoante o caso.

     Mais complexo é o caso da Carraça. Esta pode transmitir a febre da Carraça que afecta de forma muito dolorosa os humanos. Zonas como o Distrito de Beja são flageladas por esta praga na altura do verão. Este flagelo pode ser evitado através do uso de desparasitantes, tal como com as lombrigas, no entanto lembre-se de solcitar sempre a um veterinário a informação de qual o desparasitante mais adequado para o seu animal. Uma das principais causas de urgências é sem margem para dúvidas a má utilização destes produtos resultantes de conselho de Alveitares ou por desconhecimento das especificidades do mesmo.

Animais de estimação para as crianças

Ele alegra, ensina e até cura. Com os cuidados e a escolha certa, crianças e bichos podem ser uma dupla de sucesso. Pesquisa mostra, também, os benefícios durante um tratamento médico
Amizade antiga
Esse companheirismo entre homem e animal é muito mais antigo do que imaginamos. Há registros do século 12 mostrando que as famílias viviam sob o mesmo teto com seus animais, como bois, cavalos, porcos, ovelhas, macacos, aves domésticas. A moradia era uma verdadeira Arca de Noé. Hoje, a quantidade de bichos dentro das casas é, com certeza, bem menor. O historiador Keith Thomas, em seu livro O Homem e o Mundo Natural (Ed. Cia. das Letras), destaca que o cão foi, de longe, eleito o animal preferido pelo homem. Primeiro, para proteger a propriedade e, por volta do século 17, tornando-se objeto de satisfação emocional. Domesticados, os cachorros obedecem aos donos e gostam da companhia humana.

Um companheiro em casa

Se o principal benefício é a companhia, então os cachorros seriam os presentes ideais, por exemplo, para filhos únicos, podem pensar algumas pessoas. Calma. Não é bem assim. Apesar de o animal ocupar uma posição prazerosa na vida da criança, ele não supre a relação que ela necessita ter com humanos, que é muito complexa. Crianças menores de 10 anos não têm capacidade para cuidar plenamente do animal. "A partir dos 7 anos, os pais podem atribuir uma tarefa para ela", diz a pediatra Sandra. E qual, dentre os cuidados necessários: alimentar, dar água, passear, dar banho, limpar o local onde ele fica, entre outros? Assim como a criança não consegue arrumar o quarto inteiro, limpar janelas, trocar roupa de cama, ela também não pode cuidar totalmente do animal. É colocar nas costas da criança uma responsabilidade que é dos adultos. Se estabelecer que o filho é responsável pela água do bicho, essa atividade deve fazer parte da rotina infantil, o que não significa que, durante um certo tempo, você não terá de lembrar isso à criança.


Antes de comprar, pense...
... na idade da criança - Não existe uma idade certa. Mas se o seu filho nasceu faz pouco tempo, espere até ele fazer uns 3 anos. Ter um filhote e um bebê em casa requer muita organização e disponibilidade de tempo.

... no espaço disponível - Peixes, roedores, aves e gatos se adaptam bem em casas pequenas e apartamentos. Para cachorros, não vale pensar só no tamanho. Algumas raças pequenas não suportam lugares com pouco espaço, enquanto outras, médias, ficam bem neles, desde que os donos façam passeios diários. Por isso, informe-se sobre as características da raça antes de finalizar a compra.

... nos gastos - Sim, eles existem e podem fazer diferença no fim do mês. Gatos e cachorros precisam de vacinas e vermífugos. Aves, como a calopsita, necessitam ter as asas aparadas para não voar e fugir. Roedores exigem gaiolas específicas. Gatos requerem areia determinada para fazer xixi e cocô. E todos devem comer rações de boa qualidade.

fonte de pesquisa: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI19220-15152-5,00-ANIMAIS+DE+ESTIMACAO+PARA+AS+CRIANCAS.html

domingo, 15 de maio de 2011

Vivissecção

A vivissecção é o ato de dissecar um animal vivo com o propósito de realizar estudos de natureza anatomo-fisiológica. No seu sentido mais genérico, define-se como uma intervenção invasiva num organismo vivo, com motivações científico-pedagógicas.
Na terminologia dos defensores de animais, é generalizada como uso de animais vivos em testes laboratoriais (testes de drogas, cosméticos, produtos de limpeza e higiene), práticas médicas (treinamento cirúrgico, transplante de órgãos), experimentos na área de psicologia (privação materna, indução de estresse), experimentos armamentistas/militares (testes de armas químicas), testes de toxicidade alcoólica e tabaco, dissecação, e muitos outros.
“Esta técnica é utilizada em experimentação animal, apesar de ter vindo a ser, gradualmente, substituída por técnicas alternativas não-invasivas. Leis estão também a ser editadas a fim de que sejam preservados os direitos animais, proclamados em assembléia da UNESCO, em Bruxelas, no dia 27 de janeiro de 1978. Os laboratórios devem adequar seus testes sob rígidos códigos de bioética para manterem-se aptos ao uso de animais vivos em seus estudos que buscam a descoberta e compreensão dos mecanismos de funcionamento dos organismos vivos e também encontrar a cura de muitas enfermidades que assolam a humanidade.
Em Portugal, esta técnica é regulamentada, juntamente com outros métodos de experimentação animal, pela Portaria nº 1005/92 de 23 de Outubro, versada sobre a protecção dos animais utilizados para fins experimentais ou outros fins científicos.Esta legislação prevê que a experimentação em animais deve ser executada exclusivamente por pessoas competentes e em animais devidamente anestesiados.
Já no Brasil encontra-se em discussão um código de leis que regulamentariam o uso de animais em experiências científicas.Os maus-tratos gratuitos a animais (rinha de galo, farra do boi, etc) são crimes ambientais. No Rio de Janeiro, o vereador Cláudio Cavalcanti criou uma lei que proíbe a vivissecção em todo o município. A lei foi sancionada pelo prefeito César Maia.
Os vivisseccionistas têm defendido a vivissecção como forma importante de pesquisa na cura de doenças e em pesquisas para melhoria da qualidade de vida. Além disso, se torna evidente uma indústria que depende da continuidade de testes in vivo. São vivisseccionistas algumas faculdades, parte da indústria de cosméticos e a indústria farmacéutica de forma geral.
Os abolicionistas propõem o fim da utilização dos animais em testes, pesquisas e metódos acadêmicos. As bases da argumentação são em parte científicas e éticas, mas normalmente guiadas por princípios morais não embasados na forma atual de vivisecção. São abolicionistas a maioria dos grupos de defesa animal e parte pequena da comunidade científica.

 

O vínculo entre seres humanos e animais.

O convívio com animais de estimação só traz benefícios para a saúde física e psicológica dos seres humanos. Mas a relação entre homem e animal deve ser interativa, para ser benfazeja – isto é, não basta ser tutor – é necessário passear, brincar, conviver.
E, por que isso acontece? “Os bichos de estimação nos colocam em contato com a natureza animal, uma dimensão elementar que a sociedade e nosso estilo de vida se empenham em suprimir”, afirma Marty Becker, médico veterinário, autor de O poder curativo dos bichos. “Por meio de um relacionamento íntimo com nossos animais, despertamos em nós características poderosas como lealdade, amor, instinto e jovialidade”.
Os animais oferecem companhia e amor, sem as exigências dos seres humanos, além de aceitarem seus tutores sem nenhum julgamento. Esses saudáveis e estreitos relacionamentos criam vínculos fortes e duradouros. Os benefícios, em termos de saúde física e/ou mental entre humanos e bichos têm sido relatados no caso de uma grande variedade de transtornos:
  • Aqueles que possuem animais de estimação possuem 8 vezes mais probabilidades de sobreviver 1 ano após um infarto. Um estudo realizado por Érika Friedman e Sue Thomas, 1995, identificou que, proprietários de cães tinham sobrevida maior depois de um ataque do coração do que não proprietários.
  • Os bichos diminuem nosso estresse, baixando a frequncia cardíaca (um estudo na Austrália demonstrou os baixos níveis de fatores de risco para doenças cardiovasculares ), a pressão arterial e o colesterol. O professor Warwik Anderson (1992) descobriu que os tutores de cães e gatos tinham taxas mais baixas de triglicérides e colesterol do que os não proprietários.
  • Quem possui animais faz menos visitas ao médico e permanece menos tempo no hospital (pesquisas médicas na Austrália).
  • Os bichos combatem a depressão e o isolamento, favorecendo a aproximação entre as pessoas.
  • Estudos recentes apontam que crianças entre 5 e 12 anos que têm animais, possuem mais sensibilidade e compreendem melhor os sentimentos de outras pessoas, têm mais empatia.
  • Especialistas afirmam que a observação de um aquário com peixes é tão eficaz quanto qualquer outra técnica tradicional de meditação, porque também diminui a pressão sanguínea (Lynch 2000 e Associação Internacional das Organizações de Interação Homem-Animal).
  • E mais ainda: o contato terapêutico que se estabelece quando se acaricia um animal e este devolve com uma lambida ou um afago de focinho, cria uma sensação de intimidade tranquilizadora.
  • Os animais também estimulam exercícios físicos.
  • E, o mais relevante: a importância de ter que cuidar de outra criatura, o bicho, demonstra o quanto o ser humano é necessário.
Mas até que ponto amizade e companheirismo entre humanos e bichos é saudável para os animais? Para os bichos, há o risco de serem tratados como objetos ou o extremo oposto, que é a humanização.
Um animal não é um objeto que o ser humano manipula como quer, um brinquedo. Ele tem emoções, sentimentos e requer cuidados diários de higiene, alimentação e saúde.
Escolher conviver com um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida. E o caminho para ambos, animal e humano, usufruírem dessa relação com intensidade é o amor. Primeiramente, o proprietário aceitando o amor incondicional que o bicho lhe oferece. E, da mesma forma que ele dedica ao tutor seu amor sem limites, o proprietário deve estar preparado para oferecer amor incondicional a ele também. O contato amoroso, leal e sincero permite que os benefícios fluam entre os dois.


Terapias com animais

Estudos recentes têm mostrado que o uso de animais tais como, cães, gatos, pássaros, cavalos, burros, golfinhos, etc., representa um contributo importante para o bem-estar social e psicológico das pessoas.

As relações humanas, neste mundo apressado em que vivemos, negligenciam muitas vezes o toque, o contacto físico, o olhar nos olhos, etc. No entanto, estes comportamentos são de extrema importância para garantir o nosso bem-estar emocional. O toque, por exemplo, dizem os estudiosos destas questões, aumenta a nossa auto-estima, e desenvolve no ser humano, sentimentos de proximidade, segurança e confiança pelo seu congénere e o meio envolvente.

A utilização de animais como parte de um programa terapêutico foi primeiro registado no século IX, em Gheel, na Bélgica, onde pessoas com necessidades especiais foram pela primeira vez autorizadas a cuidar de animais domésticos. Nos anos 60, graças ao psicólogo infantil americano, Boris Levinson, assiste-se ao ressurgimento da terapia baseada em animais.

A introdução do burro nos processos terapêuticos (Asinoterapia/Asinomediação) desenvolveu-se na década de 70 em países como a Suiça, Inglaterra, França, Itália, Estados Unidos, entre outros. Esta técnica terapêutica permite a estimulação a nível cognitivo, físico, motor e afetivo.
Aprender a comunicar com os asininos funciona como uma terapia alternativa. Ao procurarmos compreender o burro, a sua forma de pensar e de agir, ao mesmo tempo que tentamos fazer com que ele nos entenda, estamos a realizar o exercício de nos colocarmos no seu lugar. Por outras palavras, estamos a exercitar uma nova forma de linguagem e de comunicação. No momento em que nos aproximamos do burro é necessário fazê-lo com humildade, respeitando os tempos do animal. Devemos fazê-lo gradualmente, sem movimentos bruscos, falando suavemente e sempre pela frente, para que o animal nos veja. Este exercício de nos colocarmos no lugar do outro, isto é, de sermos empáticos, é extremamente construtivo e saudável a nível emocional para o ser humano.

O retorno positivo a um comportamento altruístico, que pode ser por exemplo, dar atenção a um burro, ensina-nos, num ambiente relaxado, a tornarmo-nos seres humanos mais justos, tolerantes e sensíveis ao mundo que nos rodeia, onde logicamente estão incluídos outros seres humanos. De forma simples ajuda-nos a respeitar o que é diferente de nós, mas que de alguma forma precisa de nós, e ao mesmo tempo, nos complementa. O facto de o burro se mostrar satisfeito com o nosso carinho e atenção, reconhecendo-nos, procurando-nos, mantendo-se perto de nós, etc., serve-nos de recompensa e faz com que queiramos repetir a experiência de estarmos perto dele, de o afagarmos, de lhe falar, enfim de convivermos de perto com ele.

As atividades lúdico-terapêuticas assistidas por burros, para pessoas com necessidades especiais merecem destaque pela sua importância terapêutica, ética, e social. Para além destes aspectos, actualmente, as actividades lúdico-terapêuticas possuem um potencial ecoturístico, permitindo proporcionar à população com necessidades especiais momentos reconfortantes de prazer e de lazer.

Equoterapia
Uma forma lúdica de vencer barreiras

    Não é novidade alguma que o convívio com animais pode gerar grandes benefícios para as pessoas. Todos aqueles que têm ou já tiveram animais de estimação sabem perfeitamente disso. Mas existem casos em que esta convivência representa muito mais. Especialmente quando se trata de crianças, o relacionamento pode traduzir-se, entre outros benefícios, na melhora da capacidade de concentração e da coordenação motora. Se falarmos de crianças e jovens com necessidades especiais, as vantagens são ainda mais visíveis.
     A prática da equoterapia - método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo como peça fundamental para o desenvolvimento biopsicossocial de indivíduos com deficiências e/ou necessidades especiais – é um dos melhores exemplos de como a relação homem/animal é benéfica. A terapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais.
     A interação com o animal, incluindo-se aí desde o primeiro contato entre o praticante e o cavalo até a prática regular da equoterapia, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima. Como exige o emprego de todas as partes do corpo, contribui também para o desenvolvimento da força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento, conscientização corporal e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.
     Em Itaipava, o Centro de Equoterapia de Petrópolis (CEP) - coordenado pelo psicólogo, profissional de equitação e especialista em equoterapia Fernando Domingues Sodré - atende à crianças e adolescentes portadores de deficiências e necessidades especiais, além daquelas que apresentam problemas emocionais, afetivos e sociais. O Centro conta com uma equipe composta por profissionais das áreas de saúde, equitação e educação.
     “Trabalhamos dentro de um conceito de interdisciplinalidade, pois entendemos que o envolvimento de toda a equipe na aplicação da terapia é a forma mais segura e adequada. Todos têm responsabilidades com os praticantes e com o alcance de seus objetivos”, diz Sodré. A abordagem do CEP na aplicação da equoterapia inclui as famílias dos praticantes e é voltada para a compreensão dos fatores ligados à doença e ao tratamento, assim como para a busca de maior qualidade de vida para todos os seus membros.
     “Nossa filosofia é de acolhimento, e não apenas em relação aos praticantes. Entendemos a participação da família como parte fundamental do tratamento, porque os problemas da criança especial acabam gerando uma necessidade de reestruturação deste núcleo, que é o ambiente motivador mais importante para as crianças. Por esta razão, somos muito atentos a este aspecto; procuramos sempre amenizar as ansiedades também dos familiares”, explica o psicólogo. De acordo com Cristiane Reis da Silva, fisioterapeuta da equipe do CEP, a evolução do tratamento começa a ser percebida no momento em que o foco, que costuma ser inteiramente voltado para o problema, é desviado para as características positivas dos praticantes. “Quando a visão dos pais muda, a criança fica muito mais motivada; ela se sente incentivada e percebe que tem capacidade de realizar muitas coisas”, analisa.
     A maioria dos objetivos propostos pela terapia pode ser atingida em cerca de quatro ou seis meses, com sessões realizadas semanalmente. Mas o psicólogo faz questão de frisar que a equoterapia não substitui outros tratamentos e sim ajuda, de uma forma lúdica, os praticantes a desenvolver vários aspectos físicos, psicológicos e emocionais.
     “Geralmente, as crianças que são alvo da atenção da equoterapia são aquelas portadoras de síndromes e que, portanto, apresentam uma multiplicidade de sintomas que exigem diferentes tratamentos. O que esta terapia propicia é uma perspectiva de melhora em setores como capacidade motora, cognitiva ou de aprendizagem e ainda em todos os aspectos capazes de fomentar o aumento da qualidade de vida. Embora existam expectativas de reabilitação, muito mais do que isso, a equoterapia promove ganhos motivacionais permanentes”, explica Sodré.
     O Centro de Equoterapia de Petrópolis foi inaugurado há cerca de um ano e hoje atende a 14 crianças e jovens, mas a capacidade atual de atendimento chega a 100 praticantes. Recentemente, a instituição lançou o Pape – Padrinho do Praticante de Equoterapia – um programa que permitirá a ampliação do acesso à equoterapia. “A idéia é sensibilizar a comunidade e empresários a custear o tratamento de uma criança. O investimento é de R$ 350,00 por mês e, desta forma, aumentaríamos o número de bolsistas”, afirma Sodré.      Além do psicólogo e da fisioterapeuta, integram a equipe a psicopedagoga Letícia Machado Guedes Sodré e a profissional de educação física Débora Mieko.

Centro de Equoterapia de Petrópolis
Telefone: (24) 2222.0162
fds68@yahoo.com.br

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